terça-feira, 2 de outubro de 2007

"Sóbrio" e " Preguiça"



SÓBRIO
(
R.Candeia - 2007)


O poeta sempre escreve
Mesmo que leve a vida
Como algo breve, quero neve
Em qualquer fogo que não ferve

Reparta o amor sempre
Aparta o ódio do peito
Lá fora a paixão sonora
Espera o eterno refeito

No escuro imenso tem
Um brilho intenso, sem
Ferrugem, eu pude, não mude
Raios solares surgem

Não se cale, duvidar também vale
Meu estado sóbrio permanente
Elimina o que apaga o que ilumina
Com poucas palavras simplesmente




PREGUIÇA
(
R.Candeia - 2007)


O silêncio agora reina
E domina este quarto
De um jeito quase completo
E eu repleto de calor, suado

Nem o ventilador espanta os mosquitos
Que querem meu sangue a todo custo
Joguei leite fora hoje duas vezes, era cedo...
Porque mais tarde poderia ficar azedo

Estou leve, cansado, quero dormir
Nem a chata do meu andar
Vai conseguir tirar meu sono
Nada me faz tropeçar

Queria tanto fumar um cigarro
Mas tô com preguiça e não saio daqui
Ainda não comecei a tremer
E olha que hoje eu nem bebi


...

Nenhum comentário: