quinta-feira, 27 de outubro de 2011

"Palavras Já Lidas"


PALAVRAS JÁ LIDAS
(
R.Candeia - Set/2011)

Vidas se encontram nos finais das esquinas
Livros se abrem para a melhor das riquezas
Com letras que formam palavras tão lidas
Que podem ser lindas perante grandezas

Se a mentira for mesmo a força do mundo
Seria a sinceridade uma mera fraqueza?
Prefiro então estar do lado mais fraco
E fazer de tudo isso uma notável beleza

Viva com desejo sempre
Que nada adia o seu dia
Pois a covardia é o excremento
Da mais pura ousadia

E como as garrafas recém servidas
Nossas paciências ficam cheias também
Lembrando das tristezas já vividas
Que saem do passado e seguem além

Mas o melhor remédio é o amanhã
E assim eu quero seguir vivendo
Me lembro das vidas que se encontram
E esqueço de vez o que é sofrimento

Palavras já lidas
E nem sempre tão ditas...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

"Entender"


ENTENDER
(R.Candeia - Out/2011)

Tarde quente em meu peito
O segundo cigarro do dia aceso
Um café forte daquele jeito
E o ar de sauna que sai do ventilador

Fico pensando no que posso fazer
E em tudo que deve ser feito
Acabo ficando pirado de tanto pensar
E vejo como estou longe do quase perfeito

Sou presidente de mim mesmo
Dou a última palavra em meu interior
Mas é a vida que manda em meu congresso
Ministrando fatos de alegria e de dor

Quero poder sorrir de total alívio
Olhar para trás um dia e ver que deu certo
Entender que pessimismo não é realismo
E que sem medo posso ter um coração aberto

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

"Processo"


PROCESSO
(R.Candeia - Out/2011)

Abro a janela e vejo o mundo
Observo as pessoas com atenção
Passo a sentir medo de todas elas
E começo a confiar mais no cão

Não confio mais nem em mim
E nas palavras que posso dizer
Falando mal de mim pra minha sombra
Realidade triste que me assombra

Estender a mão e levar facada
Um atropelamento na calçada
Comum nos dias atuais
Doença que o ser humano traz

Quero me purificar de todos
E é claro que de mim também
Um processo limpo na evolução
No cativeiro da mente sou refém

Quero abrir a janela e sentir na pele
O ar fresco das coisas belas
E não ser igual ao que é desprezível
Onde o caráter fica preso numa cela

Estender a mão e levar facada
Um atropelamento na calçada
Comum nos dias atuais
Doença que o ser humano traz