quarta-feira, 29 de abril de 2015
"Mordaça"
Composição nº 798
MORDAÇA
(R.Candeia - 29/04/2015)
Deixa eu me calar agora
Vou acabar me perdendo em mim
Apagando os meus traços
Nos destroços de um pisado jardim
O tempo não terá espaço comigo
No meu abrigo que levita e estala
Dentro de um fogo aberto e vivo
Traduzindo cada palavra que não fala
E na selvageria de um coração "benevolente"
A moral convencional preconceitua tudo
Em seu mudo discurso que conserva
E preserva o que devasta o mundo
Mas essa regressão só consegue existir
Graças a pré-existência de nulos seres
Que não sabem nem o que e quem são
Desequilibrando a balança dos poderes
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