terça-feira, 14 de abril de 2015
"Dormência"
(Composição nº 786)
DORMÊNCIA
(R.Candeia - 14/04/2015)
O que não derruba, saiba, favoreço
Esqueço o ruim e logo vou em frente
O entorpecente fica louco comigo
Porque em meu abrigo tudo fica dormente
Sei claramente o que nos escurece
E tudo que carece de atenção
Minhas mãos viram fazendas
Me entenda, mesmo que na ilusão
E nessa triste demência
O vácuo se reflete nos espelhos
Em fotos que parecem repetidas
Com expressões que dispensam conselhos
Carrego o mundo cheio em meus bolsos
Não faça alvoroço quando minha calça cai
E tudo vai arrumado de encontro ao nada
Plantando granada na porta de quem sai
Não ser burro muitas vezes é burrice
Queria ignorar tudo que disse o sábio
E como muitos viver numa cápsula protetora
E não saber nem o que sai dos meus lábios
E nessa triste demência
O vácuo se reflete nos espelhos
Em fotos que parecem repetidas
Com expressões que dispensam conselhos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário