sexta-feira, 17 de abril de 2015
"Moléstia"
Composição nº 771
MOLÉSTIA
(R.Candeia - 26/03/2015)
Ter que encarar os ônibus aqui no Rio
É sentir de pé um frio na barriga
É ser espremido por todas as direções
A moléstia vira freira virgem nessa briga
Da janela longa vejo tudo parado
E o céu nublado refrescando favelas
E na poltrona amarela jovens fingem dormir
Deixando seus futuros na instável passarela
No fundo um som alto e chato
É como um parto seguido de assalto
Que é causado por não ter proteção
Numa ação sem respeito no ato
E com todos os tipos de passos seguimos
Como quem acredita nos jogos ciganos
Sem enganos sobre o que deve mudar
É pensar no vingar como o único plano
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