segunda-feira, 20 de abril de 2015

"(I)limitação"




Composição nº 791

(I)LIMITAÇÃO
(R.Candeia - 20/04/2015)

Minha ansiedade parece ser infinita
Nessa bonita incerteza que eu sei
Não há trégua na doce esperança
Que nos tira pra dança inusitada

Na neurose cotidiana de ter que ser
Livros são atirados como pedras
Limitando o cenário ao decorativo
Num curativo que é apenas moldura

Apenas colares com o vazio pendurado
Sobre olhares silenciosos e herméticos
Perpetuando valores criados sem inspiração
Como uma nova lei para todo destino

Tudo que se diz, de alma e tudo, fatal
Faz apologia à tal conhecida fatalidade
Será a ansiedade uma escondida vertente
Mais coerente que um necessário exílio?





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