quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

"Contenda"



Composição n° 918

CONTENDA
(R.Candeia - 25/01/2017)

Não se perca em andares comuns
Deixe sempre uns vestígios no caminho
Porque sozinho ninguém faz festa
E aquele tapa decifra o pergaminho

Olfato apurado e líquido sagrado
No cálice rachado durante a descoberta
Não tire nem por lei cobertas de quem o céu
É o único véu e não merece essa seresta

Toda volta vem de uma ida
Mas nem toda ida dá chance pra volta
Toda revolta tem seu sentido
E tudo contido derruba portas

Tudo que arde se vê e se sente
Passageiros permanentes podem dizer
Que feridas nunca são escolhidas
Simplesmente por prazer

Mãos não se estendem por causa dos anéis
Que brilham mais forte do que a esperança
De quem leva a herança sangrada
Curtindo na calçada sua especulada bonança

Toda volta vem de uma ida
Mas nem toda ida dá chance pra volta
Toda revolta tem seu sentido
E tudo contido derruba portas






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