terça-feira, 10 de janeiro de 2017

"Futuro Repetido"



Composição n ° 903

 FUTURO REPETIDO
(R.Candeia - 10/01/2017)

Tem vezes que não tenho forças pra lutar
Contra tudo que é contra mim
Essa vida é um baralho embaralhado 
Sem saber o que poderia ser o fim

Essas vistas só enxergam o que não devo enxergar
As grades viram minha casa mais frequente
Que teto triste para se morar
Costumo antecipar sonhos e isso é persistente

Mestres e poetas se perdem em triângulos 
Distúrbio que compete com seu próprio eu
A antiga novidade do novo que se repete
Agora morre de fome o analista que você não  escolheu

Esqueço talvez sem querer do que sou
E me perco como porco sem futuro na véspera 
De Natal que não entende seu sacrifício 
O meu vício é um ofício e meu reino vira monera

Nada é tão simples quando saio à procura
Minha cura é lenta e fica além do que não posso ver
Não me protejo porque acho que mereço 
O meu endereço nessas horas tende a se esconder

Mestres e poetas se perdem em triângulos
Que não tiveram suas áreas encontradas
Distúrbio que compete com seu próprio eu 
Morre de fome o analista que você não escolheu





Nenhum comentário: