quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

"Ponto Cego"



Composição nº 862

PONTO CEGO
(R.Candeia - 21/12/2015)

Portão aberto e o vento no rosto
E o gosto pela vida vivo
Então eu deixo de crer no ruim
Porque no fim se inventam motivos

E o tiro insano de misericórdia
É a discórdia da miséria interior
No terror hipócrita de quem é fraco
É um prato vazio cheio de rancor

Providencie sim, uma cara de verdade
Porque a vaidade barata é o sufoco
Que geme rouco numa cabeça dura
Que tortura sem fazer sentir o louco

E o garotinho com sua faixa branca
De uma forma branda tenta ajudar
E a fazer germinar no pinel esperança
Durante essa dança não se pode sentar

E esse orgulho é um mergulho interno
Dentro de uma enfermidade mental
Que de vingança em vingança vai alimentando
Mostrando ainda mais o que é capital

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