sábado, 23 de janeiro de 2016

"Alvo Cotidiano"


Composição nº 863


        ALVO COTIDIANO
     (R.Candeia - 29/12/2015)

Me preocupo com os porta-vozes desse tempo
Qualquer notícia é repassada com afinco
Então fincam os olhos pulsando ódio
Numa falácia imediata com sanha regurgitada

E quando eu abro com medo a porta
Me deparo com idiotas pregando a missa dos tiros
No morro ou no asfalto quente, tanta gente
Sem camisa ou de farda, calor só o da arma

Se a cusparada em ti é o cotidiano
Nem por baixo dos panos haverão beijos, confesso
E o teu desejo será aquilo que te detesta
E na tua testa escreverão ordem e progresso

Tenho as minhas provas guardadas
E nas falas gravadas sem argumentação
O mundo todo fica são e salvo, por que
Ameaças erram o alvo pela fraca locução

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