quarta-feira, 4 de outubro de 2017

"Lisura"



Composição n° 978

LISURA
(R.Candeia - 04/10/2017)

Conhecemos nossas formas de longe
Nada constrange o que é sincero
Não espero por nada que não virá
A vida não pode ser como um clero

Nefasto atropelamento de olhares
Contradizendo circulares soturnas
Que tentam pôr em urnas tudo aquilo
Que advém das conquistas noturnas

Na lisura de um romantismo
Em nosso anacronismo perfeito
Fomos eleitos por votos diretos
Direto do núcleo do peito

O calor da pele não repele o verdadeiro
Daquele derradeiro e átimo encantado
Passos cruzados e esbarrõess garbosos
E depois estrondosos poemas recitados

O sorriso como prêmio com a resposta vinda
Na linda esperança que não cansa e cega
No abraço que aconchega os sonhos
Matando os enfadonhos traços que carrega

Na lisura de um romantismo
Em nosso anacronismo perfeito
Fomos eleitos por votos diretos
Direto do centro do peito