quinta-feira, 28 de setembro de 2017
"Transeuntes"
Observar analiticamente o mundo e entender outras realidades e colocar-se interpretativamente nelas como se fossem minhas, criticando o anacronismo explícito no cotidiano, essa a ideia lúdica dessa nova letra...
Composição n° 975
TRANSEUNTES
(R.Candeia - 28/09/2017)
Baseado na identidade encontrada
Pública responsabilidade privada
Numa porta sem tranca à exposição
Nossa salvação é na disfarçada
Na face a faca cega de credo
Maior que o velho medo da morte
Onde transeuntes ínfimos temem
Tão intimidados diante seus portes
Toda empática sintonia traz o dia
Então estendo os braços pra alteridade
Espanto o abjeto de perto
Dando golpes de obscenidade
Nossa incapacidade prematura
Perdura diante metáforas vazias
Nessa hibridez invejada por muitos
Que são felizes em suas apatias
Proporcionando o perigo como remédio
Daquele tédio que livra da condenação
Virando a supressão ao avesso
Tirando do berço qualquer tentação
Transeuntes = pedestres.
Ínfimo = Menor, miúdo, inferior.
Alteridade = diversidade, distinção.
Abjeto = imundo, odioso, desprezível, canalha.
Híbrido = desvio, irregular.
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