quinta-feira, 14 de setembro de 2017

"Resíduos"



Composição n° 970

RESÍDUOS
(R.Candeia - 14/09/2017)

Largados a seus próprios instintos
Extintos por olhares formais
Nada mais se busca ao relento
Só cruciantes sargentos morais

Se afogam no raso dos saberes
Por nunca terem visto a profundidade
Na arte não pode haver leis
Censura imposta por reis da modernidade

Arte limitada é um grito de boca fechada
Onde resíduos de fezes santas opinam
E marginalizam a falta de esperança hereditária
Cartilha imaginária, patologias que ficam

Psicólogos mortos pela exatidão
Submersos nas tantas incertezas alheias
Em banheiras que viram oceanos
Onde a vida é menor que um grão de areia

Com ventos eróticos sopram batizados
Esterilizados messiânicamente
Aguardente não é farsa como bem tá
Pra delitos flagrados teoricamente



Obs:

Cruciantes = angustiante, doloroso e torturante.

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