quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
"Laboratórios"
Composição nº 859
LABORATÓRIOS
(R.Candeia - 02/12/2015)
Neste todo embutido disfarce
Fica na face a luz intensa que brilha
E trilha imensa do instintivo olhar
Que mira sem falhar por milhas
É o desvio que se acha sem procurar
Não há o alvejar com sonhos decorados
É uma exposição da parte concreta
E na abstração secreta se reza com dados
Na confusão entre a razão e o certo
O perito repleto de métodos se demite
E qualquer estudo vira palpite aleatório
Nos laboratórios céticos o amor resiste
(Nos laboratórios éticos o amor agride)
Se há alma gêmea ninguém pode provar
Não podemos acreditar num útero solitário
E sim na gêmea presença que suaviza
E tranquiliza os temores involuntários
E hoje eu escrevi sobre o amor
Desprezando o gráfico do declínio banal
Onde o fraco sinal inter(fere) os ouvidos
Largando sentidos nem gesto fatal
Na confusão entre a razão e o certo
O perito repleto de métodos se demite
E qualquer estudo vira palpite aleatório
Nos laboratórios céticos o amor resiste
(Nos laboratórios éticos o amor agride)
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