segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

"Estalo"


Composição nº 860

ESTALO
(R.Candeia - 03/12/2015)

Sim, sou, faço e escrevo tudo com paixão
Principalmente para agir e nadar contra tudo
Tudo que há de mais nazista, fascista, atrasado
Fechado, retrógrado, conservador e inútil

Contra os costumes babacas intitulados de bons
Que agem diferente de estrumes fedorentos
Que ao menos servem para adubar a terra
Sendo o oposto das coisas que respiram meu ar

Tornando tóxico toda a ideia de evolução possível
Acho incrível a contradição de quem é contra o que não é
É uma masturbação sem gozo com a mão trocada
Em cima da privada confundida com um trono intocável

O umbigo não é o núcleo de todo esse universo
Pensamentos inversos destroem a vida e a liberdade
A vaidade de ser apenas curtido por regurgitar ideias
É o lixo abominável que consome o mundo e as mentes

As máscaras são facilmente identificadas por quem pensa
Debocho de qualquer tipo de crença que serve pra desunir
Não estou aqui pra ser mais um carneiro a ser contado
Por quem dorme achando que o certo só tem um lado

Escrevo porque quero incomodar e penso porque enxergo
E não apenas olho tudo com olhar de quem não sabe quem é
A maior tristeza que existe é a pessoa achar que se é feliz
Sem ao menos saber que a felicidade é o direito de ser si mesmo

O fácil vazio evacuando nas cabeças do imediato
Incriminam as belas ideias dando vida à morte ideológica
Teóricos de um nada comum aleijam mãos que podem afagar
Então, eu mijo nos canteiros sem flores, porque não há cor

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