quarta-feira, 12 de agosto de 2015

"Sala Fechada"



Composição nº 828

SALA FECHADA
(R.Candeia - 06/08/2015)

Sonhos não são ilusões porque são eternos
Mas são sequestrados durante tantos olhos
Curvando de medo sensações esperançosas
A cidade fica morta no ar calmo e solene

A vida tem sua doçura certa e acidental
E o convencimento nunca me convence
Numa meditação interrompida na multidão
Que se não sabe, anda por aí só seguindo

Nas piadas sujas vomitadas pela embriaguez
Vejo a minha vez quase perto me esperando
Enquanto socializo na política das amizades
A realidade roga maldições nos sufocando

Enrolo abstrações no meu sentido refeito
Por minha saúde eu queria crer estar louco
Nesse pouco tempo que tenho de irreal
Escondendo o sinal dramático do mundo

Tudo que surge é tragado como bela verdade
Idosas viúvas se prostituem tarde por prazer
Porque nas calçadas da vida tudo é bem cedo
E o êxtase que transa o físico estupra o mental

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