sexta-feira, 24 de julho de 2015

"Tecido Podre"



TECIDO PODRE
(R.Candeia - 30/06/2015)

O caos é a nossa companhia mais íntima
É o que nos persegue e nos dá bom dia
É o estado deplorável da regressão humana
Que até em nossas camas nos vigia

Estamos parados nesse trânsito mental
Onde se abdica do próximo umbigo
Experiências devem nos levar a alucinação
E a nossa maior força surge do perigo

Faróis altos acesos e buzinas em tom agudo
Aguço meu sentido lá do fundo da retina
Me esquivando do pior que há pra viver
A guerra à paz não pode ser uma amada rotina

Até mestres esquecem  suas vocações
O caos atinge e escala de degrau em degrau
Em saraus melancólicos e empobrecidos
Coberto por tecidos que só cheiram mau

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