Composição n° 1003
NINGUÉM ESTÁ A SALVO
(R.Candeia -
05/08/2018)
Ninguém está a
salvo
Esquinas se cruzam
como olhares
Enganando radares
com loucas surpresas
E viramos presas bem peculiares
Ninguém está a
salvo
Somos o alvo a esmo
desfilando
E destilando
momentos de vida
Olhando aquela
ferida fechando
Ninguém está a
salvo
No cigarro fumado os
estilhaços
Daquela vidraça
antiga que não reflete mais
E que refaz os meus
passos
Ninguém está a
salvo
Estigmas devem ser
derrotados
O mundo armado nos
afronta
Numa pronta jogada
de dados
Ninguém está a
salvo
Olhares não tristes
e compenetrados
Mundos exilados pelo
seu redor
Ignorando o odor do
que já fui perfumado
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