Composição n° 1002
PRELÚDIO
(R.Candeia - 02/08/2018)
Não posso ter medo do escuro
Se até o obscuro me fascina
Nessa chacina das coisas ruins
Não existem fins em tantas sinas
Na chuva que preenche meu copo
Numa noite fria de pura reflexão
A mente não pode assassinar o alvitre
Nesse ventre livre de inspiração
Tento abrir a porta emperrada
Que se trava até pra toda luz entrar
Onde se passa no máximo um feiche
A fobia de ser adorno atrapalha de voar
Poesias cuspidas pelo ar
Poetas vivendo seus próprios temas
A epidemia deve ser a mania de pensar
E não buscar romantizar problemas
E no olho do furacão mental
Que devasta a ideia de conformismo
Se vê todo o niilismo se esvaindo
Traindo a si mesmo com lirismo
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