terça-feira, 12 de dezembro de 2017

"Assuntos Clandestinos"



Composição n° 990

ASSUNTOS CLANDESTINOS
(R.Candeia - 12/12/2017)

O ridículo passou longe de nossa carne
E não só percebemos como vivemos
Sol introvertido entre nuvens ranzinzas
Tão cinzas quanto as ideias que vemos

O fim pode sim ser outro começo
Como acontece nos livros
Então me livro de toda sentença
Minha crença é no que vivo

Ultimamente tenho crido nas descrenças
Nas soturnas heranças que direcionam
A liberdade escolhida a dedo
O credo é medo e a muitos emocionam

O diabo é todo o mal que fizemos
E não temos a capacidade de assumir
Pra que sumir do que aparece em nossa frente
Nessa corrente que é tão fácil de partir

O demônio pessoal coroando domínios
Que são tão reluzentes quanto noites felizes
Pelas marquises me dê de propina teu passaporte
Brincando com a sorte num jogo de azar

Onde está o subversivo lotado
De pensamentos controversos diversos
Não só de versos viverá o homem
Escrevendo com fome um testamento perverso

Batendo palmas com o coração
Sem viver a louca ilusão daquele que ama
Numa teimosia de mula que empaca
E a fama de quem só se deita na cama







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