quinta-feira, 30 de novembro de 2017
"Alteamento"
Composição n° 989
ALTEAMENTO
(R. Candeia - 30/11/2017)
O tédio tarado por tristeza mata
No fundo ninguém conhece a si mesmo
Cada dia descobrimos mais sobre nós
Em atitudes jamais pensadas ou sonhadas
Não ser covarde é questão relativa
Depende do ponto de vista e ocasião
E a denominação na ação interpretativa
Nessas tentativas que forçam a frustração
O abraço não pode deixar escapar o calor
A barra atirada pra cima volta
Numa ação que dizem não existir
O elixir da vida quando fede revolta
Verticalizando a dobradura existencialista
Temporo-espacial posterior
Moro lá na última gaiola
E meu quintal passa a ser o exterior
Jornais em estados de calamidade pública e privada
Estados em jornais de calamidade pública e privada
E sabe aquela barra atirada não a esmo e não salvou
Isso mesmo, volta alvejando quem mirou
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