sábado, 13 de maio de 2017
"Primordial"
Composição n° 953
PRIMORDIAL
(R. Candeia - 13/05/2017)
Nas conversas fiadas em elevadores
Nas flores que não foram entregues
Na paisagem perdida por distração
Onde moram as mãos num encontro marcado
A vida, o ato, o fato que fica consumado
O céu estrelado que não podemos ver
O livro novo e o livro encerrado
O deserto e o serrado que cada um tem
O olhar primaveril que recomeça tudo
O mundo sem dono que gira com donos
As cores escolhidas para o momento ímpar
E consciência que talvez apenas somos
O primordial como meta esclarece
A prece regurgitante também não é ouvida
E os preconceitos democráticos sem eleição
É a feição do que é furado e forte no ser
Soltar correntes nem sempre é liberdade
A balança aplaudida de um prisma só
Esqueço palavras não economicamente
E dentro desse espaço nada está no lugar
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