quarta-feira, 24 de maio de 2017
"Nessa Manhã"
Composição n° 956
NESSA MANHÃ
(R.Candeia - 24/05/2017)
Nessa manhã só não quero escutar nada
Nessa luz minguada de um sol que não queima
Num outono jogado ao calor dos dias
Como atos que ferem e por oração teimam
Nesses dias que coagem coerência
Numa demência grátis que vive de apologia
Micose cerebral que contagia o raciocinio
Explorando domínios na feia demagogia
Vento frio que vem do ventre do mar
Oxidando tudo que o dinheiro pode comprar
A pobreza só não se mata porque já tem no sangue
Toda a tragédia viva pronta pra se caçar
Todos os resquícios estão vivos
Marcando lugar cativo em tantos cativeiros
E há quem use o banheiro como libertação
Mãos no capô, quem reclama é baderneiro
E na avenida acendo o meu cigarro
O carro em linha reta deixando pro retrovisor
A imagem do sol refletida enquanto trago
Não quero o estrago de uma ressaca sem amor
Vento frio que vem do ventre do mar
Oxidando tudo que o dinheiro pode comprar
A pobreza só não se mata porque já tem no sangue
Toda a tragédia viva pronta pra se caçar
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