sábado, 28 de maio de 2016

"Sedados"



 

Composição nº 875

  SEDADOS
(R.Candeia - 28/05/2016)

Pra falência do azar a sorte
É a gente que às vezes faz
E não se traz o que é levado no tempo
Como o lamento do último trem perdido

A interação pactual deve ser o real
Nem tudo virtual é virtuoso
Não ouço mais os agonizantes gemidos
Eu marco e vomito a eternidade nupcial

E o sono é sedado entre seda
E o que veda os olhos não aumenta sentidos
O que era pra ser ou ter tido amor
Criou o bolor e tornou o alimento vencido

O tempo passa muito mais rápido
Do que imaginamos ou cronometramos
Onde a civilização chega se destrói tudo
Porque onde ela chega se constrói tudo

Eu vos avisareis quando os ponteiros
Chegarem aos seus destinos
No forte badalo dos sinos eruditos
Assim vamos no abismo do nosso limiar

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