sábado, 28 de maio de 2016

"Malevolência"



Composição nº 878

MALEVOLÊNCIA
(R.Candeia - 28/05/2016)

Eu de fome mordi a maçã
Cuidado para não se envenenar
E a serpente viciada em óleo de coco
Com brilho na pele também sabe amar

Todo caminho percorrido é curto
E num surto qualquer o livre pode acabar
Quem vive a abanar outras vidas pra longe
Comparo a um monge que não pode dialogar

Ande sempre na lei
Mas só quando a lei estiver por perto
Fique esperto com a moral
Ela é o sinal pra você ficar quieto

A construção é para além do arquiteto
Falsificam luzes para escuridões inventadas
Em pitadas de sedução reluzentes
No malevolente ar que a vida é respirada

O verdadeiro manto envolve a incerteza
E serve de tapete por quem os venera
Quem dera que o sempre, sempre avisasse
E avistasse o que nos espera




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