quarta-feira, 9 de setembro de 2015

"Tudo é De Repente"



TUDO É DE REPENTE
(R.Candeia - 01/09/2015)

O vento forte fuma o meu cigarro por mim
Mas torço mesmo pra que ele leve embora
Tudo que me vem de fora e faz estrago
Por isso que esse trago de alívio estoura

Busco sempre me encontrar bem gentil
De uma forma sutil discordando da história
Minha memória longa derruba portas, e chora
Sobre a mesa ao tentar lembrar de agora

Contradizendo ódios e tampando abismos
No cigarro fumado pelo vento sem direção
Na câmara dos ecos que não têm resultados
Todos os culpados procuram qualquer mão

Atitudes semi-eternas são tão poucas pra mim
A alma e o mundo cercam minha consciência
Mas no carmesim do seu batom eu me borro
Ridicularizando a função pretensiosa da ciência

E na razão envenenada na original sanidade
A cidade cobre tudo com o olhar de serpente
E toda a crença por algo se transforma em nós
Nós atados, nós seguimos, tudo é de repente

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