terça-feira, 16 de dezembro de 2014

"Refratário"




REFRATÁRIO
(R.Candeia - 04/11/2014)

Sou eu que levo os meus passos
Na noite bruta e bela dos seres pensantes
E a todo instante busco segundos
Que não se encaixam num mundo inconstante

Me perco de propósito pra não me achar
Encontros não são nada sem os desencontros
Como o ódio não é nada sem os ignorantes
Que com suas riquezas egoístas, pedem descontos

Paralogismos me agridem, mas é paradoxal
Refratário em mim é normal e viver não cansa
O dia grita de dor com suas pessoas cruéis
Que são tão fiéis ao tédio que cessa a dança

Evito prevenir do mesmo jeito que precipitar
Nenhuma razão pode ter limites
A noite é dos cínicos que esnobam a glória
E vomitam aos seus pés, escórias e palpites

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