Foto acima: Eu e Dean, Jardim de infância, E.M. Vítor Meireles, 1988.
Hoje não terá letra e nem poesia, e sim um desabafo de despedida de um grande amigo meu, sim GRANDE, porque apesar da distância dos últimos meses e poucas conversas no mesmo período, tínhamos um carinho muito grande um pelo outro, como por exemplo, não esquecíamos do outro em suas datas de aniversário, não que isso seja um requisito principal para uma amizade verdadeira, mas éramos sim, amigos verdadeiros... Fica então abaixo, um texto que fiz hoje, dentro de um ônibus, para meu amigo que partiu na flor da idade, mas que vai ser muito difícil, impossível de esquecer....
"Olha, nessa vida eu já me despedi para sempre de muita gente querida e amada, como MEUS PAIS e alguns tios, mas ter que se despedir de um amigo é algo diferente, é um choque, talvez seja por causa, do fato de termos crescidos juntos, de crianças com 5 anos e até adolescentes, e depois da fase adulta nos víamos constantemente, sempre sorrindo com nossas palhaçadas, e digo, ele era um grande ator (da vida), comunicador, a alegria escancarada e encarnada em pessoa, não tinha como não se animar ao seu lado e rir até escorrer lágrimas, mas o sentido das lágrimas se mutou e mudou de direção, indo contra tudo aquilo que ele sempre detestou (tristeza e lamúria), é complicado acreditar e entender tal fato, apenas 31 anos vividos, tínhamos a mesma idade...e o que mais me dói é que ainda tenho planos, e meu amigo, talvez muito antes da hora, descansou, estou perplexo... Vai deixar, sem demagogia nenhuma (porque quem conheceu sabe) muitas saudades e um enorme vazio. Mas sei muito bem, que pessoas boas não morrem ..."
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