Composição n° 997
DATILOGRAFIA
(R.Candeia - 16/02/2018)
Coitado de você que não usa terno
E ainda acha moderno tudo isso
Precipício cavado por quem tem proteção
E a comemoração de quem é submisso
Os passados e bem engomados
E suas diferentes felicidades
Dividem a mesma cidade no sentido figurado
Os pais da desigualdade
Com poderes de envaidecer
Já está tudo pago
Pra quem mora no alto morrer
Vivemos o cômico que se aloja feito bala
Dentro dessa tragédia exagerada
Eterna piada de mentes sem lembranças
E a esperança agora é amordaçada
Uma vida lida de opostas igualdades
Nos olhos reflexos da mesma vista
Nos olhos reflexos da mesma vista
Toda aquela bela paisagem
Mas no corpo outro tipo de revista
Os filhos da desigualdade
Mas no corpo outro tipo de revista
Os filhos da desigualdade
Com suas vaidades de empobrecer
Acreditam em suas teses renovadas
Antes datilografadas em máquinas de escrever
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