CONCRETO FRESCO
(R.Candeia - Abr/2012)
Sou viciado em amores impossíveis
E em planos supostamente infalíveis
Que só servem mesmo pra falhar
Então me distraio e bato guimba no café
Fumo um cigarro na intenção de te esquecer
Depois fumo outro na intenção de fumar mesmo
Procuro por mim nas horas à esmo
Num texto sem letra que não possui fim
Recebo golpes das palavras sem base
E o argumento vira um concreto fresco
Daqueles que se desmancham a cada pisão
Tornando bem sinuoso o que seria o chão
Me encontro numa folha solta ou rabiscada
Numa bicha bêbada gritando na calçada
Ou numa marca na pele que significa eternidade
Pois o pensar realmente não pode ter idade
Observo a ridicularização dos valores
Na qual a (única) dor é não agradar ao espelho
Por isso (que) não dou inúteis conselhos
Cabeças sem cérebros não sentem dores
Porque não podem entender ...
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