sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Para(a)normal
PARA(A)NORMAL
(R.Candeia - Dez/2011)
Não só o pato, como também o parto
Dei a luz sem ser a mãe
E sem ao menos ter esporrado dentro
Como aquele que se diz pai
Não gerei o que hoje é mãe
E nem sequer a plantei
Explorado por cima
E pelos lados, pensei
Pimenta nos dos outros é refresco
E nesse caso eu sou os outros
E outros se dizem emocionados
Com choro sem lágrima
Queria por algum tempo poder
Sair do mundo e descansar
Todo esse peso seria levado
Para o nada pela gravidade
Compras, compras, sofá mais macio
Cifrão voando e estômago vazio
Geladeira e dispensa sobrando
E a vontade sempre faltando
Por isso que tudo só aumenta
Peso e desinteresse total
Estou numa caixa de estresse
Quase eletrônica, que mal
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário